sexta-feira, 10 de junho de 2011

PARQUE DO CANTON NA AMAZONIA DA BIODIVERSIDADE.



Cantão possui 864 km² de natureza preservada e biodiversidade única

O parque é como um delta, formado pelos rios Araguaia, Javaés e do Coco. O Rio do Coco promove um encontro de dois ecossistemas. De um lado, está o cerrado com suas árvores retorcidas. Do outro, a Floresta Amazônica.

Claudia BomtempoParque Estadual do Cantão, TO
A floresta fica submersa, com os rios no volume máximo. No oeste do estado do Tocantins, o Parque Estadual do Cantão exibe o auge da cheia. São 864 quilômetros quadrados de natureza preservada e uma biodiversidade única no planeta. O parque é como um delta, formado pelos rios Araguaia, Javaés e do Coco. O Cantão é especial a começar por uma de suas divisas.
O Rio do Coco é uma fronteira. Ele promove um encontro de dois ecossistemas. De um lado, está o cerrado com suas árvores retorcidas. Do outro, a Floresta Amazônica. Os dois ecossistemas ficam frente a frente, uma aproximação abrupta e rara.
“É uma fronteira pequena, curta. Normalmente, em uma área de transição, é uma transição amena. Então, ela vai gradualmente se transformando no outro. O que não ocorre aqui que é um ambiente pequeno e que gera muita tensão ecológica. Nós achamos que é a área onde os animais e as plantas de dois ecossistemas têm que conviver juntas”, afirma a bióloga Silvana Campello.
Durante metade do ano, a vida na região é debaixo d'água. Os rios se conectam a mais de 800 lagos, formando um só corpo d'água. Para a floresta, é uma época de fartura. “Quando a floresta é inundada, ela não apenas sobrevive, mas é a época em que ela mais se desenvolve e dá flores e frutifica”, diz o ecologista George Georgiads.
Em um passeio de canoa, entramos em um mundo mágico. Deslizamos pela água entre as árvores. O reflexo é tão perfeito que não é possível identificar o que é árvores o que é reflexo. Nós estamos navegando entre as copas de árvores altíssimas.
O biólogo explica que estamos navegando ao lado de árvores a sete metros do chão: “seis meses atrás, nós estaríamos caminhando sete metros abaixo daqui pelo meio de uma floresta”.

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