segunda-feira, 22 de setembro de 2014 – 14:39 hs
Na década de 1970, o crescimento rápido de Curitiba exigia a modernização do sistema de transporte coletivo. A ideia era ousada: fazer uma rede de ônibus tão eficiente quanto o metrô. Foi um sistema bolado na capital, em 1972, que deu corpo ao que se transformaria no primeiro Bus Rapid Transit (BRT) do mundo.
Era simples: uma via larga, dividida em três pistas de tráfego, sendo duas em sentido oposto, de fluxo lento para veículos, e uma exclusiva para os ônibus. O sistema expresso começou a operar em 1974, ligou a região Norte ao Sul da capital paranaense e revolucionou as redes de transporte.
O arquiteto e urbanista Jaime Lerner recorda que, no início dos anos de 1970, o consenso era de que cidades com um milhão de habitantes precisavam de um sistema de metrô. Curitiba estava quase lá – com cerca de 750 mil pessoas – e sem dinheiro para o trem subterrâneo. “Pensamos no que o metrô tem de bom: a rapidez, embarque direto, frequência dos carros. Por que não na superfície?”, lembra.
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