Repassando. Salvo engano este artigo já passou por aqui.
Ninguém até agora parece ter atentado para uma coisa nessas palestras e andanças do Luiz "Blue XXX": por que empresas ou empresários iriam pagar uma grana preta para ouví-lo? Qual é a vantagem? O que ele tem, ou teria a dizer de diferente que a platéia já não saiba?
Há alguns dias passou por aqui um "mail" falando que o nosso mito já estaria devendo perto de dois milhões de reais em IR, por conta das tais palestras. Na ocasião em comentei que o cara estava devendo ao IR quase três vezes o que eu levei para juntar em uma vida de trabalho, isso sem contar com o salário da minha mulher. Mas depois, fiquei pensando, e...
Pois é, fiquei pensando e me lembrei do ex-ministro Palocci e as suas consultorias milionárias. Não seriam as palestras do rei um esquema de lavagem de grana? Não estariam os amigos empresários, que encheram os bolsos, dando um jeito de esquentar a grana depositada para ele no exterior? Não estariam eles simplesmente entregando agora a bufunfa combinada usando um meio legal de pagamento, que é contratá-lo? É o caso de se começar a pensar.
Ora, uma palestra de uma hora de duração previamente decorada, uma audiência selecionada e orientada para não fazer perguntas embaraçosas, meia dúzia de pessoas espalhadas na platéia com perguntas já combinadas, e "voilá"!!! Mais US$ 300.000.00 no bolso, oficializados e devidamente declarados ao IR e, o melhor de tudo, com testemunhas oculares!!! Afinal, oficialmente, ele pode cobrar o que quiser e bem entender, pois palestrante não é profissão e não tem preço de mercado. Olha que bacana!!
Eu fiz as contas considerando os 27,5 % do IR e, assim, o Sr. Luiz já teria faturado perto de sete milhões de reais em palestras, em menos de um ano. Vai ser especialista sabe-se lá em quê lá na pqp!
Faz sentido até porque é uma maneira legal de enriquecer à vista de todos, com o assunto rolando pela Net, e ninguém vai poder dizer nada ou levantar dúvidas, como aconteceu com o Sr Palocci e a sua empresa de consultorias secretas. Fácil, prático e eficiente, e menos desgastante do que inventar uma venda de empresa de fundo de quintal. E o bom da história é que tem viagens prá lá e prá cá em jatinhos particulares, e muito uísque 30 anos.
Será que eu estou errado?? Será que eu sou um invejoso pernicioso? Ou um otário indignado? Será que eu estou viajando no astral? Algo, ou alguém, me diz que não, mas enfim...
Abraços.
Paulo
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