Para Dilma, DOI-Codi é tão distante da embaixada como 'céu do inferno'.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (27) que o Brasil "jamais" poderia ter colocado em risco a segurança do senador boliviano Roger Pinto Molina e criticou a operação que o retirou, sem autorização do governo da Bolívia, da embaixada brasileira em La Paz, onde estava na condição de asilado havia um ano.
Para a presidente, a ação de fuga do senador com auxílio da embaixada brasileira colocou em risco a vida do parlamentar, o que, segundo ela, é "inaceitável". A operação resultou nesta segunda-feira (26) na demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, substituído por Luiz Alberto Figueiredo.
Molina foi retirado da embaixada em carro oficial brasileiro, viajou 22 horas até Corumbá (MS), de onde embarcou em um jatinho para Brasília. A operação foi organizada pelo encarregado de negócios da embaixada, o diplomata Eduardo Saboia, sem autorização do governo boliviano. Saboia justificou a operação dizendo que foi um ato de proteção ao senador porque, segundo ele, Molina estava em depressão profunda e em condições subumanas na sede da embaixada. Uma comissão vai apurar as circunstâncias da operação.
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