Brasil: Militares atendem vítimas de incêndio em boate
Se nao fosse graças as operaçoes imediatas destes gloriosos homens.Muito mais vitimas teria ido a obito
Ainda tem gente que defende essa democraciazinha comunista de merda que esta ai.
Por Eduardo Szklarz
Horas depois de as chamas consumirem a boate Kiss em Santa Maria-RS provocando a morte de 235 pessoas em 27 de janeiro, as Forças Armadas e a polícia brasileira iniciaram uma grande resposta humanitária à tragédia.
Cerca de 1.400 soldados trabalham na cidade na contenção dos danos causados pelo incêndio e no apoio ao pessoal médico de emergência, no rastro do mais mortal incêndio do Brasil em meio século.
Segundo o Exército brasileiro, 377 militares já foram enviados a Santa Maria, cerca de 320 km a leste de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou outros 1.000 soldados, incluindo 64 médicos e enfermeiros, e quatro psicólogos, que oferecem aconselhamento aos feridos e familiares das vítimas.
A missão conjunta faz parte de um grande esforço humanitário executado pela Brigada Militar, Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, e Corpo de Bombeiros.
A concentração de infraestrutura militar no local — como a 3ª Divisão do Exército e a Base Aérea de Santa Maria, estabelecidas em 1970 — ajudou na mobilização de helicópteros, aeronaves, tropas e recursos médicos para atender as vítimas, informou o Ministério da Defesa do Brasil. A Força Aérea tem sido fundamental no transporte das vítimas, médicos e suprimentos de Santa Maria a Porto Alegre, a capital do estado.
O coronel Jeferson Borges, coordenador de operações aéreas de Santa Maria, disse que a Força Aérea transformou uma aeronave Amazonas C-105 — normalmente utilizada para transportar soldados — em uma Unidade de Tratamento Intensivo de alta tecnologia.
“Até onde sei, é a maior UTI aérea jamais montada no Brasil, com sete leitos”, afirmou Borges à Agência Força Aérea (AFA), a agência de notícias da FAB. “Cada paciente é atendido por um médico e dois enfermeiros, o que significa que sete pessoas são atendidas simultaneamente por 21 profissionais de saúde.”
Militares entre as vítimas
Assim como oito universidades de Santa Maria, a Base Aérea local faz parte do dia a dia da pequena cidade de 261.000 habitantes.
Alguns dos militares da base estavam de folga, no interior da boate Kiss quando o incêndio irrompeu. Como consequência, dos 235 mortos confirmados, 13 eram militares; oito do exército e cinco da aeronáutica, segundo relatos do Ministério da Defesa.
Borges afirmou que o caos que paralisou a cidade também afetou a base aérea.
“Na manhã de segunda-feira, enquanto transportávamos pacientes em estado grave de Santa Maria a Porto Alegre, foi realizado o velório de um dos militares que morreram na tragédia”, declarou Borges à AFA. “A base aérea é totalmente integrada a Santa Maria. Nossas aeronaves, que fazem voos diários aqui, são parte da cultura local. Então é impossível distinguir a base aérea da sociedade.”
O ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, expressou o seu pesar em nota pública.
“Neste momento de imensa comoção e dor, em face da tragédia que matou mais de 200 pessoas em Santa Maria, transmito, em nome do Ministério da Defesa, minha solidariedade com os familiares e amigos das vítimas, inclusive soldados do exército e da aeronáutica, além de seus dependentes”, declarou Amorim. “Em nome do Ministério da Defesa, expresso a firme vontade das forças armadas de continuar a apoiar os esforços para mitigar os efeitos desse triste episódio, que, estou certo, iremos superar.”
Operação humanitária
Até 29 de janeiro, a Força Aérea Brasileira ainda fornecia ajuda humanitária às vítimas do incêndio. Em nota pública, a FAB declarou que levara a Santa Maria uma equipe médica variada do Hospital da Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. A equipe inclui um cirurgião plástico especializado no tratamento de queimados graves, um cirurgião geral, um médico de tratamento intensivo e um grupo de enfermeiros especializados em queimados.
Além disso, a FAB está levando uma equipe do Hospital da Aeronáutica de Canoas, no Rio Grande do Sul, composta de psicólogos, médicos e enfermeiros que ajudarão os peritos em Santa Maria, além de caminhões de bombeiros, ambulâncias e serviços médicos do Hospital da Base de Santa Maria.
As aeronaves militares envolvidas na resposta à tragédia incluem C-130 Hercules, C-105 Amazonas e C-97 Brasília. Aviões menores, incluindo C-95 Bandeirante e C-98 Caravans, além de cinco helicópteros H-60 Black Hawk, estarão disponíveis para auxiliar as equipes médicas em Santa Maria — tanto no transporte de médicos e trabalhadores de emergência, como no de sobreviventes que aguardam a transferência para outras centrais de apoio.
As vítimas estão sendo levadas ao pronto-socorro de Porto Alegre em helicópteros da FAB, que aterrissam no Parque Farroupilha, facilitando o acesso ao hospital. Além disso, aeronaves C-99 Embraer 135 e 145 estão sendo usadas para levar técnicos e especialistas do Ministério da Integração Nacional de Brasília a Santa Maria.
O futuro do papel dos militares nas respostas a emergências
Nos próximos dias, a resposta militar à tragédia se concentrará na ampliação do atendimento médico em Santa Maria e Porto Alegre.
O brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, chefe do Centro de Comunicação Social da FAB, disse que um C-130 Hercules deixou a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em 28 de janeiro transportando suprimentos médicos para o Hospital Conceição em Porto Alegre.
“A aeronave carrega 15 monitores de sinais vitais, 10 respiradores e dois sistemas duplos de monitoramento respiratório”, informou Damasceno. “À tarde, a FAB levou mais 15 pacientes de Santa Maria a Porto Alegre. Desde o último domingo, 54 feridos foram transportados nas UTIs aéreas montadas em um C-105 Amazonas, um C-95 Bandeirante, um C-98 Caravan e dois helicópteros Black Hawk.”
Enquanto isso, quatro pessoas foram presas por ligações com o incêndio, que teria sido provocado pelo uso de fogos de artifício fabricados para uso em áreas externas em local fechado. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, pediu regras de segurança mais rígidas em todo o país, enquanto o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
“Tenho a convicção de que o que aconteceu em Santa Maria servirá de exemplo para todas as autoridades locais, levando-as a promover uma resposta adequada”, afirmou.
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