quinta-feira, 21 de agosto de 2014



Enfermeira peruana transforma a própria casa em hospital para 175 gatos doentes


Um apartamento de oito quartos em Lima (Peru) foi transformado, improvisadamente, em um 'hospital' para gatos doentes -- alguns em fase terminal. A dona do imóvel, a enfermeira Maria Torero, 45, cuida deles até que cheguem ao fim da vida.
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Peruana cuida de 175 gatos com leucemia em sua casa9 fotos

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Maria Torero brinca com alguns dos 175 gatos com leucemia em sua casa, em Lima, no Peru. Torero diz que cuidar de gatos doentes é sua responsabilidade, já que qualquer outra pessoa pode cuidar de animais saudáveis Martin Mejia/AP
Hoje a casa de Torero abriga cerca de 175 animais; muitos deles sofrem de leucemia felina e estavam abandonados nas ruas da capital peruana.
"Sou uma enfermeira. Meu dever é com os gatos com os quais ninguém se importa", ela diz. "As pessoas não adotam gatos adultos, especialmente se forem doentes terminais."
A doença não é transmitida para humanos ou outras espécies, mas se espalha com facilidade entre os gatos, que têm o hábito de compartilhar água, comida e a caixinha de xixi e fezes.
Torero recolhe os bichos que encontra pela cidade e os submete a um teste para identificar se têm a doença, presente na maioria. Além disso, os gatos geralmente estão mal nutridos e cheios de pulgas e parasitas.
A 'missão' da enfermeira foi iniciada há cinco anos, apenas com gatos adultos. Filhotes não são levados ao 'hospital' para que não contraiam a doença.
Apelidados de Fellini, Peppa, Dolly, Misterio e outros nomes, os felinos são medicados a cada dois meses e esterilizados.
Animais portadores de leucemia podem sobreviver por vários anos, embora sua expectativa de vida seja menor em comparação a dos felinos saudáveis.
"Meu melhor presente de amor e respeito eu os dou durante a vida", afirma Torero.
E quanto custa a benevolência?
A enfermeira estima que seu gasto mensal fique em torno de US$ 1.785 (cerca de R$ 4 mil).  Metade do valor é bancada por doações; o restante, ela tira de seu salário.
O uso frequente de desodorizadores disfarça, mas não elimina o cheiro de urina no apartamento de dois andares, onde também moram as três filhas da enfermeira, de 6, 14 e 16 anos. Mas, por enquanto, diz Torero, nunca houve reclamações dos vizinhos. (Com Associated Press)
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