sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Gravação da caixa-preta não era do voo de Eduardo Campos, diz FAB

Não é possível, até o momento, determinar a data dos diálogos



Caixa-preta do avião de Eduardo Campos, acidentado na última quarta-feira
Foto: Cenipa  / Reprodução
Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta sexta-feira (15) que os dados do gravador de voz do jato que levava o candidato à presidência da República,Eduardo Campos, e sua equipe já foram analisados e não correspondem ao voo. A aeronave caiu na última quarta-feira (13) no litoral paulista, deixando sete vítimas.
De acordo com nota da FAB, os dados da caixa-preta foram analisados por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que confirmaram não se tratar do voo feito na quarta-feira. A caixa-preta continha duas horas de áudio.
"Não é possível, até o momento, determinar a data dos diálogos registrados no CVR, tendo em vista que esse tipo de equipamento não registra essa informação. As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação", diz a nota da FAB.
Confira na íntegra a nota divulgada pela FAB
Os dados do gravador de voz (Cockpit Voice Recorder - CVR) da aeronave PR-AFA, que se acidentou no dia 13 de agosto, já foram extraídos e analisados por quatro técnicos do Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
As duas horas de áudio, capacidade máxima de gravação do equipamento, obtidas e validadas pelos técnicos certificados, não correspondem ao voo realizado no dia 13 de agosto.
Não é possível, até o momento, determinar a data dos diálogos registrados no CVR, tendo em vista que esse tipo de equipamento não registra essa informação. As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação.
É importante ressaltar que os dados obtidos no gravador de voz representam apenas um dos elementos levados em consideração durante o processo de investigação, não sendo imprescindíveis para a identificação dos possíveis fatores contribuintes.
Brasília, 15 de agosto de 2014.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.
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