Patrícia Comunello
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Depois de dizer que mesmo quem tem dinheiro compra itens piratas, o filósofo francês e conselheiro do mercado de luxo Gilly Lipovetsky percorreu corredores e conversou nesta quinta-feira com ex-camelôs no shopping popular em Porto Alegre. Lipovetsky foi convidado pelos gestores do empreendimento para conhecer a experiência de inserção dos ex-ambulantes no mercado formal e apontou que o modelo do PopCenter, como o centro comercial foi batizado em 2012, pode ser levado a outras regiões do Brasil e mesmo a países emergentes como mecanismo para integrar socialmente e formar empreendedores.
Lipovestsky percorreu o PopCenter e elogiou a iniciativa de formalização dos ex-ambulantes
O visitante afirmou que a pirataria virou fenômeno global por ser um meio de as pessoas acessarem produtos que expressam o mundo do luxo. “Houve democratização do desejo do luxo. A pirataria é a expressão desse desejo”, definiu o francês, citando que a renda da falsificação de mercadorias de alto valor representa 5% da receita de € 500 bilhões com a venda de bens de consumo duráveis e não duráveis deste segmento – de perfumes, joias, roupas, acessórios, carros, jatos e serviços de hotelaria e viagens. No shopping popular, 60% das 800 lojinhas exploram atividades ligadas a confecções, onde é fácil comprar itens que imitam grifes famosas.
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