`Eu não quero ser enterrado´, diz doador
`Cresci ouvindo histórias de pessoas que foram enterradas vivas. Tenho pavor disso´, Romário Machado Barbosa
O ator Romário Barbosa assinou o termo de doação do corpo para ensino e pesquisa em 2005Foto: Arquivo Pessoal
Karina Gomes cidades@eband.com.br
“O termo de doação do meu corpo está colado na porta do meu quarto para a família não esquecer. Quando morrer, não quero ser enterrado”. Ator e funcionário público aposentado, Romário Machado Barbosa, 53, não pode imaginar seu corpo no interior de um caixão, um túmulo ou uma gaveta do cemitério. Nascido em Salvador, cresceu ouvindo histórias sobre pessoas que foram enterradas vivas. “Minha avó contava que muitos foram encontrados de bruços no caixão depois de enterrados. Isso é um desespero!”, disse.
O medo se transformou em um trauma, mas Barbosa encontrou uma alternativa. Em 2005, quando se mudou para São Paulo, leu em um jornal uma nota da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) que incentivava os leitores a doarem os próprios corpos para, quando mortos, servirem para ensino e pesquisa nos laboratórios de anatomia. O ator não hesitou. “Liguei para a faculdade, marquei uma conversa com a responsável pelo recebimento das doações e ela me explicou os procedimentos. Eu disse ‘pode fazer o que quiser de mim, eu só não quero ser enterrado, de jeito nenhum’, contou.
O medo se transformou em um trauma, mas Barbosa encontrou uma alternativa. Em 2005, quando se mudou para São Paulo, leu em um jornal uma nota da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) que incentivava os leitores a doarem os próprios corpos para, quando mortos, servirem para ensino e pesquisa nos laboratórios de anatomia. O ator não hesitou. “Liguei para a faculdade, marquei uma conversa com a responsável pelo recebimento das doações e ela me explicou os procedimentos. Eu disse ‘pode fazer o que quiser de mim, eu só não quero ser enterrado, de jeito nenhum’, contou.
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