terça-feira, 30 de novembro de 2010

LONDRINA AGILIZA A ECONOMIA COM COMERCIALIZAÇAO DE AERONAVES;


COMÉRCIO EXTERIOR      Londrina faz importação de aeronaves
Porto Seco recebeu dois aviões dos Estados Unidos; proprietário da Viaer ainda pretende trazer outras unidades
Publicado em 23/10/2010 | FÁBIO LUPORINI, JORNAL DE LONDRINA
Foi de R$ 1,9 milhão o valor da primeira importação de aviões feita em Londrina, através do Terminal de Cargas Alfan degárias (Teca), mais conhecido como Porto Seco. Foram duas aeronaves importadas dos Estados Unidos por uma empresa de Londrina, que antes utilizava terminais de outras cidades. A previsão é de que outros aviões sejam trazidos ao Brasil pelo Porto Seco da cidade. Desde dezembro, quando o Teca foi inaugurado, já foram movimentados 4.253 volumes.
“É a primeira importação de aviões de Londrina, feita dentro do Porto Seco”, afirmou a despachante aduaneira Ana Flávia Pigozzo. De acordo com ela, a movimentação só foi possível graças ao terminal. Antes, a empresa londrinense Viaer, que já trouxe ao Brasil mais de 80 aeronaves, utilizava os terminais de São Paulo ou Foz do Iguaçu. “Só foi possível graças ao Teca, tanto que nunca houve [outra importação de aviões]. Temos mais cinco aeronaves previstas para o fim do ano”, disse.
Os aviões importados são um minimotor e outro bimotor, no valor de R$ 400 mil e R$ 1,5 milhão respectivamente. Eles pousaram no Aeroporto Governador José Richa no começo de outubro. “É uma importação normal, como qualquer mercadoria. A única diferença é que ela veio por meios próprios, ou seja, os aviões vieram voando”, disse Ana Flávia. As aeronaves serão destinadas, em forma de revenda, a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul: uma para um fazendeiro que utiliza jatinhos e outra para uma empresa de táxi aéreo.
O proprietário da Viaer, Celso Iombriller, disse que a instalação do terminal de cargas em Londrina facilitou a importação das aeronaves. “É a facilidade de não precisar se deslocar para outro aeroporto para fazer desembaraço [de trâmites burocráticos]”, explicou. Segundo ele, há redução de custo e tempo. “Há uma economia financeira de uns R$ 2 mil por aeronave”, disse. Entretanto, a economia maior está no tempo: o que antes era feito em dez dias leva apenas um.
Desde o início das operações do Teca, em 5 de dezembro de 2008, a movimentação no terminal foi considerada fraca, tanto que a primeira carga do terminal só foi liberada no dia 23 de dezembro: bolsas e sacolas plásticas enviadas por uma empresa de Ibiporã, Norte do Paraná, a um supermercado de Portugal. O superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Marcus Vinícius Pio, concordou que a movimentação estava fraca. “Esse ano melhorou”, afirmou.
Os 4.253 volumes já movimentados pelo Teca representam um total de 138 mil quilos de mercadorias. O superintendente preferiu não revelar o volume em dinheiro. Pio atribuiu o crescimento das movimentações à divulgação do terminal de cargas, feita no ano passado, e acrescentou que há a intenção de importar ainda peças e equipamentos, além das aeronaves.

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