domingo, 24 de novembro de 2013





O BEM ANONIMO.

Pessoas famosas, em geral, tomam páginas e páginas da imprensa escrita todos os dias. Revistas especializadas mostram como eles vivem, do que gostam, o que fazem das suas horas.

Se viajam, casam ou descasam são notícia. Se cometem uma infração à lei, qualquer que seja, se tornam manchete.

São seres humanos, com virtudes e defeitos. Praticam tolices, como todos nós, com a diferença de que estão sempre em evidência.

Por isso, é muito bom se falar a respeito das coisas positivas que alguns desses seres realizam em suas vidas. E, digamos bem, sem querer que outros saibam.

Foi assim que um dia, Irmã Dulce, a freira baiana que deixou uma mensagem de amor para a Humanidade, com sua vida de dedicação aos doentes pobres, confidenciou a um amigo íntimo que, certa vez, andava muito preocupada com as dívidas da sua obra benemérita.

Aproximava-se a época de pagar o décimo terceiro salário aos funcionários do hospital e ela não tinha de onde tirar o numerário. Armada de fé, orou a Maria, mãe de Jesus:

Mãe Santíssima, peço a ti, como mãe de nosso Mestre, que me ajudes. Eu já pedi a Ele que olhe pela nossa obra. Mas, sabe, mãe, acho que Ele anda muito ocupado com outras coisas ou, então, deve estar cansado dos meus pedidos constantes. Ele não está me atendendo.

Por isso, eu te peço, Maria, intercede por mim junto a Ele. Precisamos muito de dinheiro. Os funcionários não podem ficar sem o seu salário.

Além disso, temos umas outras tantas dívidas que me estão preocupando. Ajuda-me, Maria.

Alguns dias depois, Irmã Dulce conta que recebeu um telefonema. Era o cantor Roberto Carlos.

Olá, Irmã, como vai?

Na resposta de Irmã Dulce, ele percebeu a preocupação.

A senhora está com problemas de dinheiro?

Pois é, meu filho, estou. A obra é grande, muitos os necessitados e as obrigações sociais.

De quanto precisa, Irmã?

Depois que ela declinou a quantia, ele completou perguntando o nome do banco, o número da agência e da conta corrente. No dia seguinte, lá estava o depósito.

Mas, disse o cantor, tem uma condição para eu lhe remeter o que a sua obra precisa, Irmã. A senhora deve me prometer que não contará para ninguém.

Foi por esse motivo que, durante muito tempo, Irmã Dulce guardou segredo. Mas, um dia, resolveu contar para um amigo porque, dizia, queria que ao menos outra pessoa pudesse saber que almas nobres existem neste maravilhoso mundo de Deus.

E, por acreditarmos que o bem merece lugar de destaque no mundo, optamos por narrar o episódio.

* * *

Sejamos sempre aqueles que têm olhos de ver o bem, o belo, o bom.

Antes de permitir que a nossa inveja ou simplesmente nossa vontade de criticar, estabeleça comentários desabonadores sobre quem quer que seja, disponhamo-nos a nos tornar os divulgadores das boas notícias, dos gestos nobres, das ações nobilitantes.

Nosso sofrido mundo necessita de vibrações positivas, de anúncios de bondade.

Pensemos nisso e construamos o bem com nossas palavras, todos os dias.



Redação do Momento Espírita, com base em
informações colhidas no seminário O perdão e o
autoperdão, desenvolvido
por Divaldo Pereira Franco.
Em 21.11.2013.





Escute o áudio deste texto

http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3968&stat=0

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