terça-feira, 10 de dezembro de 2013







Como era Farroupilha em 1934.Quando sua emancipaçao.
FONTE E FOTO
Blog www.granvil.blogspot.com.br

O Autor do Blog nao especifica qual a rua da imagen.Ele so colocou como legenda.
Rua do Comercio.

1.2 Farroupilha – síntese histórica

No último quarto do século XIX, a maior parte do Rio Grande do Sul já estava razoavelmente habitada. O Planalto, no entanto, possuía ainda largas regiões inexploradas. No ano de 1874, apenas 846 imigrantes haviam chegado à província, dos quais um oitavo radicou-se em Porto Alegre, espalhando-se os demais em colônias já existentes ou em velhos núcleos populacionais.

Luiz Kraemer Walter, agente intérprete do governo e que atendia ao setor do povoamento, queixava-se de que nesse ano quase nada se fizera, ao passo que as correntes imigratórias para os países platinos ou para os Estados Unidos tinham seu fluxo engrossado consideravelmente. Em seu relatório cita ainda a situação lamentável das colônias de Conde D’Eu e Santa Isabel, apesar de situadas à beira de uma das melhores estradas para a riquíssima região de Vacaria. Informava também o insucesso da colônia, tão segregada de outros núcleos habitados.


Em 1875, no entanto, começaram a fluir os imigrantes italianos ao Planalto, atraídos pela esperança de uma nova vida num mundo novo. No dia 20 de maio de 1875, na parte sul do atual município de Farroupilha, a 8 km da cidade atual, penetravam os colonizadores – as primeiras famílias, vindas de Olmate Monza, foram as de Estevão Crippa, Luiz Sperafico e Tomaso Radaelli.

Penetrando a região inexplorada, encontraram a casa de um índio semi-civilizado, que chamavam de “Luiz Bugre”. Os mantimentos eram adquiridos com verba fornecida pelo governo para tal fim e comprados na povoação de Feliz, no município de Caí, a 30 km do local onde acamparam. O primeiro ano foi difícil. Outras famílias que chegavam eram apavoradas pela mata, pelos animais hostis, pela ameaça latente de ataques indígenas, pelo afastamento dos centros maiores. Então, retiravam-se, preferindo outras regiões mais amenas, inclusive deslocando-se até a Argentina.

Apenas essas três famílias permaneceram. Às vezes, tinham por alimento somente o pinhão nativo, tirado do alto dos pinheiros, mas, assim mesmo, lutavam contra a natureza bruta tentando iniciar a agricultura.



O ano seguinte, 1876, marca a construção de um barracão para novas levas migratórias por parte do governo. O local foi denominado “Barracão”. Nessa mesma época, chegou um grupo de Vicenza, denominando o local de “Nova Vicenza”, que em breve se tornaria um próspero núcleo populacional em virtude de estar na conjunção da estrada que ligava as colônias de Caxias do Sul, à qual pertenciam Conde D’Eu e Princesa Isabel. A 20 de junho de 1890 foi dado como distrito.



Em 1910, chegava próximo à localidade a estrada de ferro que ligava Caxias do Sul à capital do estado. Embora a povoação já contasse com um bom número de casas e a estrada passasse em local completamente coberto de matas, à beira da mesma estabeleceram-se casas comerciais, provocando, assim, um deslocamento do povoado.

Nova Vicenza, em 1927, por ato municipal de 31 de dezembro, tornou- se, então, sede do 2º distrito de Caxias do Sul. A partir dessa data, lenta e timidamente de início, mais forte depois, a idéia emancipacionista criou-se, irradiando-se de Nova Vicenza para as populações vizinhas. Em 1929 a região contava com 13 mil habitantes aproximadamente. Então, pelo decreto estadual nº 5779, de 11 de dezembro de 1934, o interventor federal José Antônio Flores da Cunha elevou-a à categoria de município, com a denominação de “Farroupilha”, cujo território compreendia o segundo e sexto de Caxias do Sul, o terceiro de Bento Gonçalves e o nono de Montenegro.

A denominação de Farroupilha foi tomada em homenagem ao Centenário da Revolução Farroupilha, que seria comemorado no ano seguinte no estado. Às 10 horas do dia 29 de dezembro de 1934, instalava-se o município, sendo aberta a sessão pelo prefeito nomeado, Armando Antonello, contando com a presença de altas autoridades.


Temos em Farroupilha um dos mais belos exemplos de trabalho do imigrante, que, chegado a uma zona de mata virgem, modificou a fitogeografia, todo panorama natural, dedicando-se tão intensivamente às tarefas agrícolas que, pode-se dizer, não há palmo de chão que não esteja semeado e produzido.
(Disponível: http://www.farroupilha.rs.gov.br/)




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