terça-feira, 20 de agosto de 2013



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Gol impede criança de 3 anos de viajar por conta de doença de pele

DM.COM.BR
BRUNA CARNEIRO
A coreógrafa Deborah Colker afirmou nesta terça-feira (20) que irá entrar com um processo contra a Gol pelo constrangimento passado por seu neto, Théo, de 3 anos, na última segunda-feira (19), no Aeroporto Internacional de Salvador. A família foi impedida de embarcar por conta de um problema de pele que a criança possui. 

Theo sofre de epidermólise bolhosa, uma doença rara e hereditária que provoca bolhas na pele , mas que não é transmissível. Pelo Facebook Clara Colker, mãe da criança, descreveu a situação e comentou que se sentiu muito triste e indignada com o constrangimento. "Meu filho tem machucados pelo rosto. Sua imagem desperta curiosidade, atenção, olhares como qq um outro q não se encaixa nos padrões. Mas e aí?! Qual é o problema disso?", escreveu ela.
De acordo com a Infraero, o voo 1556 da Gol estava marcado para sair às 11h50, mas o avião saiu apenas às 13h16 devido a situação causada. Os comissários de bordo desconfiaram que a doença do menino fosse contagiosa e pediu que a dançarina se retirasse do avião. 
A situação repercutiu depois que o produtor cultural, Eduardo Arauju, que estava no mesmo voo, desabafou pelas redes sociais: "Nosso voo encontra-se atrasado devido a falta de competência da companhia aérea Gol. A coreógrafa Deborah Colker está em nosso voo com seu neto, que tem problemas de pele. Enfim, os comissários de bordo cogitaram que a doença poderia ser contagiosa, devido a isso queriam retirar a criança da aeronave que já se encontrava fechada", narrou o produtor.
Em entrevista ao Estadão a coreografa relatou que as portas do avião já estavam fechadas quando o comandante pediu que ela e a família se retirassem. "O comandante me avisou que não viajaria se eu não apresentasse um atestado médico. Como obviamente eu não dispunha, ele chamou um funcionário da Infraero", disse ela na entrevista. 
O voo só saiu depois que uma médica, que também estava no avião, se prontificou a examinar a criança e atestar que a doença não era transmissível. O diagnóstico teve que ser escrito em papel e entregue ao comandante. 
Em nota a Gol disse que está analisando a situação. "A GOL preza pelo respeito aos clientes e as normas de segurança. Em relação ao voo G3 1556 (Salvador/BA - Rio de Janeiro / RJ), esclarece que está analisando o ocorrido e tomará as medidas cabíveis," informou a nota.

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