domingo, 25 de setembro de 2011


Mercado de luxo

Para a Hermès, o luxo é acessível à classe média - menos no Brasil

Em entrevista, o diretor da marca, Roland Herlory, afirma que carga tributária transforma o país em um mercado imaturo

Ana Clara Costa
Roland Herlory, diretor da Hermès para a América Latina
Herlory, da Hermès: Não só a elite brasileira deveria ter acesso a marcas de luxo (Divulgação)
Presente no Brasil há cerca de dois anos, a luxuosa marca francesa Hermès comemora seus resultados no Brasil. Localizada no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, onde opera em parceria com a própria incorporadora do shopping, a JHSF, a loja chega a faturar mais de dois milhões de reais por mês, segundo fontes do mercado de luxo. (A empresa não divulga seus números locais). Na última semana, trouxe ao Brasil seus principais executivos para a exibição do documentário Hearts and Crafts, dirigido por Frédéric Laffont e Isabelle Dupuy-Chavanat, que mostra o cotidiano e os anseios dos artesãos que fabricam os produtos da marca (tudo é feito à mão). A Hermès produz as icônicas bolsas Kelly e Birkin, que custam em torno de 20.000 reais e são inspiradas em duas grandes divas do cinema (Grace Kelly e Jane Birkin). Em entrevista ao site de VEJA, o francês Roland Herlory, diretor da empresa para a América Latina, mostrou-se satisfeito com o mercado brasileiro, mas criticou a carga tributária. Segundo Herlory, a alta alíquota de importação encarece em quase 100% os produtos Hermès e transformam o Brasil em um mercado restrito. “Enquanto a classe média não tiver acesso aos nossos produtos, o Brasil continuará sendo um mercado imaturo”, afirma.

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