sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estudantes da UniRio Cria Massa macarao com Bananas.


A casca da fruta vai junto para virar aquela macarronada. Foram quatro meses de estudos e testes até chegar à fórmula ideal.

Tatiana NascimentoRio de Janeiro
Por que não incrementar a qualidade de alimentos que sabidamente engordam e são pobrinhos em nutrientes? Já pensou poder comê-los sem culpa?
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), um grupo de nutricionistas se preocupou em preparar um macarrão saudável feito da banana verde. A novidade é que elas não aproveitam apenas a polpa da fruta. A casca vai junto para virar aquela macarronada. Foram quatro meses de estudos e testes até chegar à fórmula ideal.
“A banana verde tem um amido que a gente chama de amido resistente, que não é absorvido no organismo. Ele não se transforma em açúcar. Ele vai para o intestino grosso e vai ser fermentado, até auxiliando a nossa flora intestinal normal. Funciona como fibra solúvel”, explica a nutricionista Suzana Freitas, da UERJ.
Vamos então à transformação da banana verde em macarrão. As nutricionistas cortam a fruta, separando a casca e a polpa.
“As rodelas são finas para facilitar o processo de desidratação das bananas. A casca a gente corta em quadrados pequenos para facilitar também a desidratação e ficar uma farinha seca”, mostra a nutricionista Vanessa Castelo Branco, da UERJ.
Depois de cortadas, estufa: 20 horas à temperatura de 60ºC. Já secas, é hora de moer. No preparo da massa, as nutricionistas usam 50% da farinha da banana verde e a outra metade de farinha de trigo para dar liga. E mais: ovos, azeite de oliva e sal.
Depois, elas deixam a massa descansar um pouco, cortam no formato que preferir e levam novamente para a estufa. Duas horas entre 70ºC e 120ºC. Agora, é só cozinhar.
Tanto a farinha quanto o macarrão foram analisados em laboratório para atestar a qualidade do alimento.
“É um macarrão que tem menos açúcares do que o tradicional, e tem mais nutrientes, como vitaminas, minerais como o potássio, e também triptofano, que é um aminoácido que estimula até a produção de serotonina, que é o hormônio do bem, do bem estar”, conta Suzana.
“Nós fizemos seis testes com mais ou menos 40, 60 pessoas, e dentro de uma escala de um a nove, a maioria atribuiu nota acima de sete para o nosso macarrão”, acrescenta a nutricionista Lília Zago, da UERJ.
É um macarrão com baixa concentração de açúcar, mais nutritivo.

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