domingo, 31 de julho de 2011

BATEL CURITIBA. A região mais cara será cada vez mais comercial


Restaurantes e lojas tradicionais do Batel darão lugar a uma série de condomínios verticais de escritórios

onathan Campos/ Gazeta do Povo
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Resistência - O proprietário da casa onde fica o John Bull Café (foto), na esquina das ruas Comendador Araújo e Brigadeiro Franco, ainda não cedeu às investidas do mercado imobiliário. Quem revela é o empresário Gilberto Carvalho, que aluga o local há cinco anos. A resistência vem de longa data, desde a chegada do Hotel Pestana, há cerca de dez anos, e criou uma curiosa integração entre as edificações, pela mescla de estilos contemporâneo e antigo no mesmo plano de visão
No lugar da Irimar, uma torre de 20 pisos
Por R$ 8 milhões a construtora Invespark Empreendimentos Imobiliários adquiriu à vista um terreno de 1,4 mil metros quadrados a 250 metros da Pizza Hut da Avenida do Batel. O local fica na esquina das ruas Emiliano Perneta e Brigadeiro Franco, onde funcionou por anos uma loja da rede catarinense de móveis Irimar. Após dois anos de negociações com o proprietário, a edificação foi comprada e demolida há pouco tempo. Para o lugar está prevista a construção de uma torre comercial de 20 pavimentos – altura permitida por lei por ainda estar dentro da zona central –, e 180 vagas de garagem, em uma área total de 19 mil metros quadrados.
Esta foi uma das negociações de maior valor na região, avalia o diretor de incorporações da Invespark, Eduardo Quiza. Ele afirma que pagou mais de 30% acima do preço médio do metro quadrado na região. “A qualidade do terreno justifica. Por ser de esquina, é também mais caro, e, quanto mais rara a localização, maior o preço”, diz. A previsão é de que a torre comercial esteja pronta em abril de 2014. A estimativa de custos com a obras é de R$ 30 milhões. Os proprietários da Irimar, que alugavam a casa, procuram um novo ponto na cidade. Enquanto isso, toda a venda fica concetrada em única unidade, em Santa Felicidade. (ACN)
Rendição
Churrascaria Badida vai se mudar após 28 anos
A churrascaria Badida deve se despedir em breve da casa no número 1.486 da Avenida do Batel, que ocupa há 28 anos. O dono do restaurante, Joel Troib, que aluga a casa, não desmente, mas também não quer comentar o assunto. Apenas acredita que uma mudança do endereço tradicional para um local próximo não teria impacto negativo entre os frequentadores – são cerca de 6 mil clientes por mês.
A informação extraoficial é de que o terreno da churrascaria, mais as vizinhas Farmácia Nissei e churrascaria Dom Gabriel, estariam sendo negociados com a construtora Cyrela, que não quis se pronunciar. Para a grande área estaria previsto um condomínio comercial composto por quatro torres. Uma construção antiga na Rua Dom Pedro II, na mesma região, seria o novo destino da churrascaria, a partir de maio do ano que vem. (ACN)
Moradores e urbanistas veem transformação como inevitável
Em uma projeção de cinco anos, a Avenida do Batel e sua continuação, no trecho de 1,3 quilômetro entre as ruas Desembargador Motta e Francisco Rocha, ganharão novos condomínios comerciais verticais, que abrigarão escritórios e lojas, além da inauguração de um shopping de luxo e da remodelação do Shopping Crystal, entre outros investimentos.

O mercado pressiona e o bairro Batel, em Curitiba, começa a dar sinais de que sua característica predominantemente residencial dará lugar a um perfil cada vez mais comercial em pouco tempo. Em uma projeção de cinco anos, a Avenida do Batel e sua continuação, no trecho de 1,3 quilômetro entre as ruas Desembargador Motta e Francisco Rocha, ganharão novos condomínios comerciais verticais, que abrigarão escritórios e lojas, além da inauguração de um shopping de luxo e da remodelação do Shopping Crystal, entre outros investimentos.
Uma das áreas mais nobres da região, o terreno ocupado pela farmácia Droga Raia e pela Pizza Hut – restaurante instalado há 18 anos no número 711 da Rua Benja­min Lins, um prolongamento da Avenida do Batel –, dará lugar a um escritório comercial de dez andares. E vários outros espaços das proximidades, ocupados por restaurantes ou lojas, estão prestes a se tornar grandes edifícios.
O terreno da Pizza Hut foi negociado com a VCG Empreendimentos durante um período de um ano, em uma disputa que envolveu pelo menos 12 investidores do setor imobiliário. “É um terreno de valor importante e acreditei que seria o momento de abrir espaço para outro de maior valor no local”, afirma Augusto Ávila, franqueado das lojas da Pizza Hut em Curitiba e Santa Catarina.

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