terça-feira, 8 de abril de 2014




Comissão compara hospitais a 'acampamentos de guerra'

Relatório inclui uma unidade de cada região do País e hospitais de SP e RJ

Agência Estado
Superlotação, falta de médicos, de leitos, hospitais sem água e até mesmo infestados de baratas. O cenário que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e representantes do Conselho Federal de Medicina encontrou em oito dos principais atendimentos de urgência e emergência do País foi comparado a acampamentos de guerra. O relatório, apresentado nesta segunda-feira (7), inclui uma unidade em cada região do País e os Hospitais Arthur Ribeiro de Saboya, em São Paulo, Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, e de Base, no Distrito Federal. Apenas um deles, o hospital paulistano, foi considerado razoável.

"Em todas as situações ficou evidente que muitos dos problemas compartilhados devem-se a questões estruturais, ainda não adequadamente resolvidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e que estão ferindo a dignidade e os direitos dos cidadãos brasileiros, previstos na Constituição Federal. Tais questões afetam particularmente uma numerosa parcela mais pobre da população", afirma o relatório.
A comissão, formada por deputados, representantes do CFM e do Ministério Público Federal, visitou sem avisar os oito hospitais e passou um dia inteiro em cada um. Os locais foram apontados por entidades de saúde estaduais com base na quantidade de denúncias recebidas. Na melhor situação, em São Paulo, os deputados encontraram pessoal médico insuficiente, leitos a menos do que o necessário e falta de triagem de casos no atendimento inicial.

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