terça-feira, 21 de junho de 2011


Doenças

Bahia testa mosquito transgênico antidengue

Inseto alterado em laboratório produz filhotes incapazes de transmitir a dengue

O inseto alterado em laboratório compete com o macho selvagem para procriar mosquitos incapazes de transmitir a dengue
O inseto alterado em laboratório compete com o macho selvagem para procriar mosquitos incapazes de transmitir a dengue (James Gathany/PHILL, CDC)
Pelas ruas de terra do bairro de Itaberaba, em Juazeiro (BA), um carro com dois pesquisadores para a cada cem metros. Um deles desce e destampa um pote de onde saem cerca de 500 mosquitos Aedes aegypti, o transmissor da dengue. A cena se repete há três semanas e, até julho, a expectativa é de que sejam liberados 33.000 machos por semana. Depois, a ação subirá para 50.000 a 100.000 mosquitos por semana.
A "pulverização" de mosquitos foi repetida 22 vezes há duas semanas. O ritual faz parte de um projeto científico que causa expectativa na administração pública da saúde. "Se der o resultado esperado, podemos reduzir de maneira expressiva os números da dengue", avaliou o coordenador do projeto, Danilo Carvalho. "Não há dúvida de que o projeto é promissor", afirmou o diretor do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do Ministério da Saúde, Zichy Moyses.
Mosquito transgênico - A chave dessa esperança está no mosquito solto no ambiente: é uma espécie transgênica que produz filhotes que morrem antes de chegar à vida adulta, quando podem transmitir a dengue. Na prática, a ciência patrocina o sexo entre mosquitos que geram filhotes incapazes de espalhar a doença. O ideal é que haja dez machos transgênicos para cada macho selvagem.

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