quarta-feira, 13 de julho de 2011

PARTE DA RIQUEZA DO RIO GRANDE VEM DA UVA E VINHO.

Levantamento | 13/07/2011 - 20:07

Setor vitivinícola já produz 1% da riqueza do Rio Grande do Sul

Estudo inédito mostra que setor é dono de 1% do PIB do estado

Ieda BeltrãoEconomista apresentou dados em seminário realizado em Bento Gonçalves. Economista apresentou dados em seminário realizado em Bento Gonçalves.
O setor vitivinícola é dono de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul. A informação, inédita, foi divulgada na tarde desta quarta-feira, 13, em Bento Gonçalves. A informação partiu do Carlos Paiva, da Fundação de Estatística e Economia (FEE), durante o seminário "Dimensionamento do Arranjo Vitivinícola Gaúcho e Custos da Produção Vinícola", promovido pelo Projeto Observinho, realizado pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com patrocínio do CNPQ (Conselho Nacional de Pesquisa).
Paiva é responsável por um estudo que mostra que a produção de vinhos e derivados corresponde a quase 40% das riquezas produzidas pelo setor de bebidas no Estado, ou seja, 2,55% do PIB gaúcho. "O desempenho positivo do setor é surpreendente, com uma performance excepcionalmente boa", avalia. Para comprovar a importância da uva e de seus produtos para a economia gaúcha, Paiva compara o setor vitivinícola com outras cadeias produtivas. O setor de laticínios, por exemplo, possui 1,5% do PIB gaúcho e um setor vistoso, como os serviços industriais de utilidade pública (empresas de energia, gás e água, entre outras), gera apenas 0,5% da riqueza produzida no Estado. "É impressionante que o setor vitivinícola seja responsável pelo dobro da geração de emprego e renda das empresas de energia", observa Paiva.
Suco de uvaO suco de uva, cuja participação na produção vitivinícola é crescente, já corresponde a 30% do PIB gerado pelo setor (1% do RS). Em 2007, 36% do faturamento do setor estavam ligados à elaboração de suco de uva. Em 2010, este índice passou para 42%. "O setor está respondendo de forma criativa e eficiente à reestruturação que está obrigado a processar, tendo em vista o ingresso massivo de produtos importados, e isso se dá justamente pela mudança da matriz produtiva, investindo na diversificação, por meio do suco e dos espumantes", analisa Paiva.

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