quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ANGRA FECHA ACORDO COM FRANCESES.

Consórcio francês vai financiar parte da usina nuclear Angra 3, diz Eletrobras

Agência Estado

Um consórcio de cinco bancos franceses liderados pelo
Société Générale foi escolhido pela Eletrobras para financiar 1,5 bilhão (R$ 3,36 bilhões) da construção da usina nuclear de Angra 3. O consórcio disputou a operação com outro grupo de bancos franceses. As propostas foram entregues em 30 de dezembro e a definição final depende ainda de aprovação dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, antes de ser encaminhada ao Congresso.

Segundo o gerente de planejamento e orçamento da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), Roberto de Carvalho Travassos, a oferta tem validade de seis meses. Além do Société Générale, participam do consórcio financiador os bancos Crédit Agricole, BNP Paribas, Santander e CNC. As condições da operação não foram reveladas, mas Travassos disse que "se trata de uma das melhores captações já feitas pelo setor elétrico brasileiro". 

No total, Angra 3 terá custo de R$ 10,4 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou financiamento de R$ 6,1 bilhões para encomendas feitas no mercado nacional. A Eletronuclear também assinará nesta semana o financiamento de R$ 890 milhões com a holding Eletrobras para a construção da usina. Os recursos serão oriundos da Reserva Global de Reversão (RGR), encargo cobrado na conta de luz. A usina deve entrar em operação em 2015, com capacidade total de 1.405 megawatts (MW).

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, disse ontem que pretende entregar até meados deste ano "um cardápio de possibilidades", sugerindo ao Ministério de Minas e Energia 40 localidades possíveis para receber as instalações de quatro novas usinas nucleares no País, com capacidade de 1.000 MW cada uma. Ele descartou apenas a Região Norte como candidata a receber os investimentos e disse que o Nordeste é o principal candidato para receber as duas primeiras unidades. Os trabalhos indicam quatro microrregiões favoráveis à construção dos empreendimentos, nos Estados da Bahia, de Sergipe, Alagoas e Pernambuco.


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