quarta-feira, 6 de abril de 2011

AVIAÇAO EXECUTIVA CRESCENDO A VELOCIDADE DE JATO.












Cassio polli ve o mercado em expançao.E Tem perpectivas que que a demanda ainda vai aumentar

AVIAÇAO EXECUTIVA TAXI AEREO MERCADO DE JATINHOS CRESCE EM PASSOS LARGOS NO BRASIL.


Para o presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Francisco Lyra, o crescimento da aviação executiva em Minas deve ser relacionado com a política implantada pelo governo do estado que, a seu ver, deveria ser exemplo para o restante do Brasil. A medida determina que o mineiro não tenha de transitar mais do que 100 quilômetros para chegar a um aeroporto. Ele diz que o Brasil tem 5.650 municípios e apenas 124 são servidos por linhas aéreas comerciais, o que representa menos de 2%. “Aí é que entra o papel da aviação executiva. São mais de 4 mil aeródromos que recebem os empresários, investidores, empreendedores. Mas, isso é uma via de mão dupla: os pequenos empresários investem nos municípios menores, mas vão aos grandes centros em busca de financiamentos e parcerias, e vice-versa. Ter acesso às cidades é a chave para se levar investimentos”, analisa Lyra. 
Em sua opinião, a preparação das cidades menores com aeródromos provoca o primeiro reflexo, que é a venda maior de aeronaves executivas. O segundo será percebido ao longo dos anos: estas cidades crescerão mais aceleradamente por causa da infraestrutura aeroviária. E, como ele considera que o avião é uma máquina de se comprar tempo, portanto, adquiri-lo pode ser uma forma de a empresa economizar. “Se o valor da hora do executivo for mais caro do que o custo de uma hora de avião, é melhor comprar aeronave”, compara o presidente da Abag. 
Cássio Polli: “O cenário econômico está favorável”
Cássio Polli: “O cenário econômico está favorável”

Diante desta realidade, a tendência, segundo Cássio Polli, é de que os números da aviação executiva em Minas sejam ampliados nos próximos anos. Além de todas as vantagens de se ter uma aeronave particular, o déficit na aviação comercial brasileira é relativamente alto e o colapso ocorrido em 2007 ainda não foi totalmente resolvido, apenas alguns sintomas foram atenuados. “Não fizeram obras para ampliar e melhorar a estrutura dos aeroportos brasileiros. O problema é que a demanda é cada vez maior por este serviço”, afirma Polli. Ele ressalta que, no caso da aviação executiva, ao contrário do que muita gente imagina, 95% dos voos são utilizados para ações corporativas e não para lazer.
A compra de aeronaves está atraindo em Minas Gerais, principalmente, empresários e executivos dos setores de varejo, mineradoras e redes de concessionárias de veículos, em especial, os que têm filiais em outros estados onde é mais complicado se chegar por meio da aviação comercial. “O ganho de tempo é fantástico porque a aviação executiva permite que o empresário se desloque para até quatro estados por dia e ainda durma em casa”, diz Cássio Polli. Além da comodidade, a compra de uma aeronave pode gerar renda e negócios para quem a adquire. A outra boa notícia é que aeronave é objeto de muita liquidez, fácil de ser vendido.
E, para quem quer comprar um desses objetos de desejo, o momento não poderia ser melhor. Há dois anos, quando houve a crise imobiliária nos Estados Unidos, os imóveis perderam liquidez e o crédito parou de girar, o que aumentou as exigências, naquele país, para quem pretende comprar uma aeronave. “Antes, conseguia-se comprar avião com 10%, 15% de entrada e 10 anos para pagar. Hoje, não se compra com menos de 30% de entrada. A aprovação do crédito também ampliou de 30 para 60 dias e passa por até cinco comitês de análise. Isso fez com que caíssem as vendas e os preços”, analisa Cássio Polli. Ele conta que está há 10 anos no mercado da aviação executiva e não se lembra de uma época com preços tão bons. A redução dos valores chega até 50%. 
Por isto, a previsão de especialistas é de que haja crescimento contínuo desse segmento nos próximos 10 anos. “Em Minas não será diferente, não somente pelas suas dimensões geográficas, mas por ser um estado rico e que gera riquezas”, afirma o diretor comercial da Aerie. Outro fator que pode comprovar esta tendência em Minas é o fato de empresários se unirem para comprar aeronave em sociedade e minimizar os custos fixos. “Temos registrado negócios com sociedade de duas a quatro pessoas. O ideal é que não ultrapasse isso. Quanto maior o número de proprietários, mais difícil gerenciar”, ressalta Polli, que recomenda uso planejado da aeronave para não haver choque de interesse. É o jeito brasileiro de fazer as coisas acontecerem. 


NÚMERO

2 de cada 10 aeronaves executivas 
que desembarcam no Brasil 
vêm para Minas Gerais

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