quinta-feira, 17 de março de 2011

USINAS NUCLEARES. BRASIL COMEÇA ABRIR O OLHO E SE PREVENIR

RISCO
Brasil fará testes de segurança rigorosos em suas usinas nucleares
Medida foi definida por ministro de Minas e Energia após crise atômica no Japão


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira que, devido ao risco de desastre nuclear que está se desenhando no Japão, todas as usinas atômicas brasileiras passarão por um rigoroso teste de segurança. As análises serão feitas por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Eletronuclear.
"No momento, vamos fazer uma avaliação, assim como os outros países também estão fazendo. O objetivo é testar a nossa segurança", disse Lobão. Segundo ele, esse processo não paralisará as obras para a construção da usina de Angra 3.
Questionado sobre a continuidade do programa nuclear brasileiro e os planos de construção de quatro novas usinas, o ministro explicou que, no momento, os testes têm prioridade. O ministro também afirmou que não haverá mudanças para os produtores de urânio no País. Segundo ele, o governo continuará garantindo a manufatura sem prejuízo para quem explorar o mineral.

O terremoto de magnitude 9 e o tsunami subsequente, em 11 de março, derrubaram a eletricidade e destruíram os geradores da usina de Fukushima. Sem energia, as estações de bombeamento falharam. Com o sistema de resfriamento desativado, os funcionários da central utilizaram diversos meios para encher as piscinas de resfriamento das barras de combustível usadas, incluindo água do mar e sobrevoos de helicópteros carregados com água.

Ainda assim, explosões de hidrogênio causaram incêndios que comprometeram a proteção contra radiação dos reatores 1, 2, 3 e 4. Em diversos momentos o combustível nuclear ficou exposto ao ar, fazendo os níveis radioativos no local atingir escala prejudicial aos seres vivos. Os engenheiros tentam conectar a rede do local em uma fonte de eletricidade não danificada.

O balanço oficial do terremoto e tsunami, seis dias depois da catástrofe, chegou a 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos. Apenas na cidade de Ishinomaki, o número de desaparecidos alcança 10 mil pessoas, segundo autoridades locais. O número de feridos é de 2.285, enquanto mais de 88 mil casas e edifícios foram destruídos, total ou parcialmente.


Créditos: Agência Estado

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